quinta-feira, 29 de julho de 2021

Weekly Shounen Jump #35 2021






  No volume 35 da Shounen Jump temos capa e páginas coloridas de My Hero Academia, além de um One-Shot de My Hero Academia. Além dele temos página colorida para Undead Unluck, o one-shot DC3 e Highschool Family (que não estão rankeando).

  O líder nos rankings da semana é One Piece, seguido por Jujutsu Kaisen que finalmente retorna à revista depois de um mês de hiatus e com o bronze temos Blue Box cujo primeiro volume deve sair em breve. Não sei quanto tempo deve durar Blue Box/Ao no Hako, mas esse mangá tem grandes chances de se tornar uma das grandes séries da Shounen Jump e vender muito.

  Em quarto temos Sakamoto Days que continua se saindo bem, tendo dado uma grande salto de sete posições em relação à semana passada. Em quinto temos Me & Roboco, que sempre se sai bem nas ToCs apesar de não demonstrar isso nas vendas. Em sexto temos Black Clover cujas vendas dos tankoubons começaram a cair. Em sétimo temos Mashle que se manteve na mesma posição da semana passada.

  Em oitavo temos Magu-chan. A série deu um passeio no bottom e ficou na última posição na semana de cancelamento de Kowloon's Ball Parade e de lá para cá apenas subiu e não dá novos sinais de cair em popularidade. Enquanto isso temos The Elusive Samurai que caiu mais um posição e ficou em nono. A popularidade da série começou a cair no ranking, mas as vendas do primeiro volume mostram que a série tem potencial para vender muito. Em décimo temos Witch Watch que despencou quatro posições. Aparentemente a série terá uma serialização instável com posições altas e baixas, mas a série está vendendo bem e é isso que importa.

  Ayakashi Triangle nunca foi de ter excelentes posições no ranking, mas depois de duas semanas de boas posições foi parar na última posição do ranking e agora recuperou um pouco estando na antepenúltima posição. A surpresa da semana foi a queda colossal de Mission Yozakura Family, que foi do quarto lugar para a penúltima colocação.

  E fechando a revista temos Candy Flurry, que apesar de não ser nenhuma série épica ou boa tem lançado capítulos decentes. Imagino que em breve ela será cancelada. A série não vale a pena ser mantida.


  As posições no ranking estão completamente imprevisíveis. Não há uma série que esteja claramente se saindo muito mal no ranking. O único cancelamento certo parece ser o de Candy Flurry, o resto é aleatório demais. Muitas séries sobem e descem e cada semana é uma surpresa. A revista está com um "line up" forte apesar das únicas vendas realmente boas serem as de One Piece e Jujutsu Kaisen. A questão aqui é achar a próxima série que possa vender um milhão de exemplares por volume. A minha aposta atual seria Mashle. As outras ainda é muito cedo para fazer essa aposta ou já lançaram um anime e não possuem essa possibilidade de atingir um público tão grande assim.

Ranking da Oricon 12-18 de julho


  A liderança é do mangá Kingdom, não lançado no Brasil e provavelmente não será lançado por causa dos seus muitos volumes. Em segundo lugar temos Tokyo Revengers #23, futuro lançamento da JBC. Falando em JBC temos That Time I Got Reincarnated As A Slime em quarto lugar em sua segunda semana no ranking. De resto temos uma dominação total de Tokyo Revengers.
  Sousou no Frieren merece uma menção a parte, é um mangá que ganhou o prêmio Taisho e em 3 dias de venda já vendeu mais de 170.000 cópias. Quando a série ganhar um anime imagino que asvendas vão explodir. Imagino que talvez a série já esteja até licenciada só esperando acumular mais volumes para o seu lançamento.



  Nada que valha a pena ser mencionado do 11 ao 30, é a dominação de Tokyo Revengers que não dá sinais de arrefecer. As vendas estão estáveis e isso é ótimo para a série que continua a crescer com o sucesso do anime.

  


  Os mangás que merecem menção aqui são Jujutsu Kaisen chegando aos 1.850.000 exemplares vendidos do volume 16 na posição #34. O spin-off Fairy Tail 100 Year Quest #9 na posição 35. Blue Exorcist/Ao no Exorcist #27 na posição 39. Black Clover na posição #43, Spy x Family #46 e Kaijuu #8 na 49 além da estreia de Mao #9 na posição #50 com 19.389 exemplares vendidos. Mao é um mangá de Rumiko Takahashi e em breve será lançado pela Panini no Brasil.
  Nesse top50 vemos apenas um shoujo e um josei, é a dominação total dos shounens e seinens... 

 

segunda-feira, 26 de julho de 2021

[Encerramento] Jagaaan acabando no Japão.


   De acordo com o Manga Mogura a luta final da série de ação Jagaaan começou na edição dessa semana da Weekly Big Comic Spirits da Shogakukan, o que indica que o mangá deve encerrar nas próximas semanas. Jagaaan conta atualmente com 13 volumes lançados no Japão e 11 volumes no Brasil lançados bimestralmente pela editora Panini.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Terra Formars [Informações Atualizadas]


   

  O mangá Terra Formars é um sucesso, isso ninguém pode negar, o anime teve duas temporadas de muita ação. Só que faz muito tempo que não sai nada da série.

  Então vamos ao update sobre a série: O mangá é produzido por duas pessoas: o artista Kenichi Tachibana e o roteirista Yu Sasuga. Por motivos de saúde do roteirista Yu Sasuga a série teve que ser interrompida diversas vezes ao longo do seu lançamento. Só que a dupla depois do último hiatus da série chegou a lançar um novo one-shot sem relação com a série em 2019 chamado Katana no Bohyou sem relação com Terra Formars.

  Agora a novidade é que o ilustrador de Terra Formars irá lançar uma nova série em 4 de agosto na Grand Jump, série solo, uma adaptação de um livro de ficção científica chamado Gigantis de autoria de Komori Yoichi.


  Ou seja, sem novidade nenhuma para Terra Formars. O que a gente pode especular é que as teorias dos fãs estão certas e os autores perderam completamente a noção do que estavam fazendo com a série e agora não sabem como dar um final e deixaram a série largada de mão.

  De qualquer forma, teorias mirabolantes a parte, a realidade é que até o final dessa nova série não teremos novidade alguma sobre Terra Formars e a série segue abandonada. Não faz sentido um hiatus por problema de saúde que é interrompido para um lançamento de one-shot sem relação com a série. A meu ver se o problema fosse de saúde do autor não haveria um one-shot lançado pelo mesmo autor durante o hiatus. Apesar do sucesso Terra Formars foi largado de mão, essa é a triste realidade.


  A fonte das informações sobre Terra Formars é de sites diversos, já a fonte sobre o lançamento de Gigantis é do Manga Mogura.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Infográfico: Tiragem das séries ATUAIS da Shounen Jump


   Esse interessante infográfico feito pelo @Josu_ke mostra as tiragens dos atuais mangás da grade da Jump, ele também conta Hunter x Hunter que está em hiatus há alguns anos.
  Temos como líder absoluto One Piece que em seu volume 99 conta com 480 milhões de mangás de tiragem NO MUNDO INTEIRO. É importante destacar que desse número 80 milhões são no resto do mundo e 400 milhões no Japão. No segundo maior mercado de quadrinhos do mundo: a França o volume 1 de One Piece bateu a marca de 1 milhão de cópias vendidas.
  Em segundo lugar a série do hiatus eterno: Hunter x Hunter, com 36 volumes lançados a série já conta com uma tiragem de 78 milhões de cópias e já teve duas séries animadas.
  Jujustsu Kaisen com 16 volumes + volume 0 já passou das 50 milhões de cópias.
  My Hero Academia fez esse mesmo número mundialmente com 30 volumes.
  Black Clover atingiu 16 milhões de cópias vendidas pelo mundo todo com 29 volumes e Dr. Stone com 21 volumes já atingiu os 10 milhões no Japão.

    Todas essas séries foram beneficiadas por ganharem uma versão animada que alavancou as suas vendas.

  Falando sobre as séries SEM ANIME ainda:

  Mashle que é de 2020 e conta com 6 volumes já chegou à marca de 1.7 milhões.
  Ayakashi Triangle que conta com 4 volumes passou dos 350.000 exemplares.
  E Me & Robocco com tiragem de apenas 20.000 cópias com 4 volumes segundo o infográfico - Esse número está errado. De acordo com estimativas do ranking da Shoseki o volume 4 de Me & Roboco vendeu 7.296 cópias apenas na primeira semana e 8.600 na segunda semana totalizando 15.896 cópias em duas semanas de vendas. 

Magu-chan, por exemplo, tem vendas mínimas com cerca de 8.000 cópias vendidas nas duas primeiras semanas de vendas do volume 4. Witch Watch vendeu pouco mais de 30.000 cópias do seu primeiro volume em um mês. The Elusive Samurai atingiu a marca de 60.000 exemplares do primeiro volume em duas semanas.

Ranking da Oricon de 5-11 de Julho - Japonês

 

  Liderando a semana de vendas com mais de 250.000 exemplares vendidos temos "That Time I Got Reincarnated as a Slime" com seu 18° volume. Série lançada pela JBC no Brasil.
  Em segundo lugar com mais de 87.000 exemplares vendidos temos o josei Mystery to Iunakare ou "Don't Say Mystery" que já foi indicado a diversos prêmios como Manga Taisho, Shogakukan e Kodansha. É um mangá de investigação criminal.
  Em terceiro temos o spin-off de Rurouni Kenshi/Samurai X, do autor condenado por posse de pornografia infantil, Nobuhiro Watsuki.
  Temos também o 27° volume de Ao no Exorcist/Blue Exorcist que é lançado no Brasil pela JBC vendendo quase 150.000 exemplares, Black Clover #29 quase chegando aos 125.000 em sua segunda semana de vendas e a dominação total do novo mangá anunciado pela JBC: Tokyo Revengers!


  Eu acreditava que as vendagens de Tokyo Revengers no Japão diminuiriam porque fazia algumas semanas que elas estavam diminuindo, mas elas dispararam essa semana, elas quase dobraram, foram de 25k para mais de 40k. Parabéns para o autor pelo sucesso!
  Além disso temos a série shounen sobrenatural Kemono Jihen.



  Além dessas temos Jujutsu Kaisen #16 da Panini, o primeiro volume de The Elusive Samurai do autor de Assassination Classroom, Shingeki no Kyojin com seu volume final passando de 1 milhão de cópias vendidas, Record of Ragnarok #11 prestes a alcançar a marca de 300k, One Piece e muitos outros títulos.


  Nos mangás mais vendidos por série da semana a liderança esmagadora é de Tokyo Revengers, seguido por That Time I Reincarnated As A Slime. Depois temos as séries de sempre com a novidade do josei Mystery to Iu Nakare.

sábado, 17 de julho de 2021

[Anúncios] Tokyo Revengers é o novo mangá da JBC

 


  Oba! Um motivo para comemorar, a JBC resolveu lançar Tokyo Revengers no Brasil!! Eu vinha lamentando nos meus posts como a JBC tem encolhido deixando praticamente a Panini na liderança absoluta do mercado de mangás no Brasil, então ver a JBC lançar um título de grande porte como Tokyo Revengers é uma ótima notícia para comemorar.
  Não se sabe ainda o formato e a periodicidade que a obra receberá, mas vindo da JBC eu imagino que o mangá será lançado de forma mensal, até porque já foi anunciado que o mangá está em sua reta final, então um lançamento bimestral não faz sentido.
  Tokyo Revengers é um mangá de gangues lançado na Weekly Shounen Magazine, casa de grandes sucessos como Fairy Tail, Edens Zero, Ace of Diamond, Hajime no Ippo, Kindaichi Case Files, Love Hina, GTO, Air Gear, Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE, Vinland Saga e muitos outros.

  Minha única reticência com a obra é o uso da suástica, que no Japão é conhecido como o kanji manju, esse símbolo é ilegal no Brasil.

  Estou feliz com o lançamento, a JBC sempre apostou em títulos de muita popularidade, é bom ver a editora com mais um grande lançamento lutando contra o monopólio da Panini. Por mais que tenhamos uma editora preferida o monopólio nunca é algo bom.

  Curiosamente eu já apostava no lançamento do título aqui no Brasil nas minhas coberturas de rankings japoneses de venda de mangás. Agora resta ver minhas outras apostas se elas virão para o Brasil logo...

[Anúncio] Mao de Rumiko Takahashi é o novo lançamento da Panini


  Hoje em sua live a Panini anunciou dois títulos, além de KonoSuba, a editora também anunciou Mao, da rainha dos isekais, Rumiko Takahashi que praticamente inventou o gênero.
  Mao é um mangá recente lançado na revista Weekly Shonen Sunday da editora Shogakukan, Mao tem atualmente apenas 9 volumes lançados.

  Minha opinião sobre esse lançamento é: É um lançamento precipitado. Talvez a obra esteja perto do seu encerramento e eu esteja falando besteira, mas a Rumiko Takahashi costuma lançar obras longas e lançar um mangá que tem apenas 9 volumes lançados como um mangá mensal seria um erro. O mangá vai acabar alcançando o ritmo de lançamento japonês bem rápido o que acaba frustrando o leitor brasileiro que não gosta de ritmos lentos de lançamento de mangás, o que faz cair as vendas e acarreta em "hiatus" ou "cancelamentos". A obra nem tem um anime ainda.
  A Rumiko Takahashi tem diversas obras clássicas que ainda não foram lançadas no Brasil como Maison Ikkoku de 15 volumes e Urusei Yatsura de 34 volumes. Eu pessoalmente licenciaria primeiro Maison Ikkoku em um formato com menos volumes, de 10 volumes bunkoban em formato especial para colecionadores (assim como fizeram com Jojo's Bizarre Adventure) e veria se dava certo, se desse certo eu esperaria Mao ganhar um anime (a maioria dos mangás da Rumiko Takahashi ganha animes) e então lançaria Mao.
  Os mangás da Weekly Shounen Sunday costumam não ter muito sucesso no Brasil, um exemplo disso é Kekkaishi, que apesar de ser um excelente título acabou no limbo dos hiatus/cancelados da Panini.

  É claro que eu posso estar muito errado, isso tudo não passa de mera especulação baseada na minha opinião pessoal e experiência que eu tenho como consumidor da editora Panini desde o seu começo no Brasil em 2002 há quase 20 anos. O fato é que eu nunca vi ninguém pedindo para Mao ser lançado, mas já vi incontáveis pedidos de Urusei Yatsura e Maison Ikkoku.

 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

[Anúncio] KonoSuba é um dos novos lançamentos da Panini

 


  Essa durante uma live a editora Panini anunciou mais dois títulos, entre eles Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku o! que será lançado aqui como "KonoSuba: Abençoado Mundo Maravilhoso!".
 O mangá é baseado numa série de light novels do mesmo nome concluida com 17 volumes no Japão. O mangá tem 13 volumes lançados até o momento. É uma série da editora Fujimi Shobou e é lançado na revista Dragon Age e tem lançamento de dois novos volumes ao ano.
  A Panini vai lançar esse isekai de forma mensal, o que significa que ano que vem já encosta no Japão, a série será lançada no formato padrão da Panini de 13,7x20cm, 168 páginas em papel offset por R$29,90.

Wotakoi tem seu fim anunciado.

 


  A série de mangá josei Wotaku Ni Koi wa Muzukashii lançada no Brasil com o título "Wotakoi: O Amor É Difícil Para Os Otakus" está em rumo ao final no Japão. O último volume da série, o número 11 está previsto para ser lançado no dia 14 de Outubro de 2021 no Japão.
  Além da série normal existe um volume único de antologia da série.
  A fonte é o Twitter MangaMogura.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Weekly Shounen Jump #32 e #33/#34

 


  Essa edição da Shounen Jump foi bem curiosa, Blue Box (Ao no Hako), ganhou uma capa, com menos de 12 capítulos publicados. Foi muito rápido, ainda mais para uma autora novata na revista. Sinal de que a série tem se saído muito e está recebendo muito apoio dos leitores.
  Além disso temos Neru, série de artes marciais ganhando a sua segunda página colorida em seu segundo capítulo (costumeiro), My Hero Academia e Me & Roboko (Boku to Robocco) também ganharam páginas coloridas.
  Também temos Red Hood que está classificado erroneamente como se estivesse sendo rankeado, as séries só rankeiam a partir do oitavo capítulo. As posições até então são artificiais.



  No top 3 tivemos Dr. Stone, The Elusive Samurai e Mashle. The Elusive Samurai teve seu primeiro volume lançado esse mês e vendeu muito bem para uma série novata, em apenas 3 dias de vendas passou a marca de 32.000 cópias vendidas. Mashle é minha aposta pessoal para novo shounen de batalha da revista. Particularmente eu acho a série muito bem trabalhada. O humor é ótimo e as lutas são excelentes. Costumam comparar com Black Clover e One Punch Man, mas não vejo tanta similaridade assim além do protagonista ter força física em mundos mágicos. Dá para notar que Mashle se parece muito mais com Harry Potter, um Harry Potter bombado.


  Em quarto lugar: SURPRESA! Undead Unluck. A série parecia que ia mal das pernas, sempre no bottom e ganhou novo fôlego, deu uma subida. Reflexo dos capítulos recentes que estão sendo muito elogiados. Parabéns ao autor! Black Clover deu uma caídinha para sétimo lugar, Sakamoto Days parece que se estabilizou no meio da revista. No começo da série vivia no topo da revista, mas parece que as séries que estrearam depois tomaram o topo dele. Highschool Family está na posição de sempre em meados da ToC e Magu-chan deu uma bela subida depois da semana passada onde ficou em último lugar. Ayakashi Triangle que vinha tendo boas colocações caiu pro bottom, nada que realmente ameace a série, tendo em vista que o ranking dos eccchis raramente influenciam em alguma coisa. Witch Watch que vende bem as cópias e até então se saía bem nos rankings sofreu uma queda vertiginosa e ficou na penúltima posição só perdendo para Candy Flurry, série nova que é completamente genérica.

  Jujutsu Kaisen e One Piece estão de folga essa semana. Jujutsu deve voltar apenas na edição #35.




Shounen Jump #33/#34


  A capa dessa semana pré-feriado é One Piece. Quando há grandes feriados no Japão a Jump costuma lançar edições duplas e dar uma folga de uma semana para os seus autores. Quem conhece a rotina corrida dos mangakás da Jump sabe que eles merecem cada oportunidade de descanso possível.

  A capa colorida e a líder das páginas coloridas é One Piece, como já foi dito. Além de One Piece, Kochikame, série antiga da revista, ganhou um capítulo especial com páginas colorida também. Além dele o Spin Off Shokugeki no Sanji dos autores de Shokugeki no Souma (Food Wars é o nome do lançamento no Brasil pela Panini) que mistura o universo de One Piece e Shokugeki no Souma ganhou um novo one shot com página colorida. E para fechar as páginas coloridas temos My hero Academia.

  Dos novatos temos Red Hood e Neru no começo da revista. Não significa nada a posição onde estão os mangás novos, na verdade, é apenas uma escolha dos editores, até então.



  O top 3 dos rankeados é: Dr. Stone, Undead Unluck e Black Clover. Impressionante como uma série que parecia estar certo ser cancelada como Undead Unluck conseguiu tomar um fôlego novo de popularidade. Black Clover conseguiu voltar ao topo depois de cair para a sétima posição semana passada.

  Mission: Yozakura Family subiu para o quarto lugar, Blue Box caiu para quinto (longe de ser ruim), Witch Watch depois da penúltima posição semana passada decolou para a sexta colocação, Mashle despencou para sétimo  The Elusive Samurai depois de tantas semanas no topo finalmente caiu para a oitava colocação, imagino que seja uma queda temporária. Me & Roboko continua no top em nono lugar.

  Encabeçando o bottom5 temos Magu-chan em 10°, o que me deixa triste, pois essa série merecia um pouquinho mais de amor. Sakamoto Days continua caindo e está em 11°. Imagino que isso se deva ao fato de só poder votar em três séries, ele era uma série favorita, mas perdeu o seu lugar para outras séries novatas, é uma possibilidade. Highschool Family que é um gag mangá de apenas 13 páginas caiu para 12° lugar. Candy Flurry por incrível que pareça continua sendo a penúltima série pior colocada em 13° lugar, perdendo apenas para Ayakashi Triangle que encerrou essa edição em 14° lugar.


  A prévia da edição #35 nos mostra uma capa de My Hero Academia e páginas coloridas para Undead Unluck e Highschool Family, além de um novo one-shot chamado DC3 que é da dupla responsável por The Promised Neverland.



sábado, 10 de julho de 2021

Ranking da Oricon 28 de Junho a 4 de Julho

  Na primeira posição encontramos o novo mangá spin off de Rurouni Kenshin (Samurai X) que foi publicado no Brasil pela JBC.
  A única coisa que eu tenho a dizer é que o autor, Nobuhiro Watsuki, foi intimado por possuir dvds de pornografia infantil com meninas de menos de 15 anos encontrados na sua casa e em seu escritório de trabalho, ele não foi preso, só pagou uma multa de 200.000 ienes, o equivalente a R$9.500.
  Acho nojento a Shueisha ainda dar espaço para um ser humano desses publicar mangás em suas revistas. E acho tão nokento quanto ele ainda ter fãs dispostos a comprar o trabalho dele.
 Fonte: G1
  Em segundo lugar temos o volume 27 de Ao no Exorcist que é publicado no Brasil pela JBC.
  Em quarto lugar está Jujutsu Kaisen #16 fazendo um mês no ranking em uma excelente posição.
 Em quinto temos Black Clover #29 se saindo muito em vendas mesmo com apenas 3 dias de lançamento do volume.
  Em sexto lugar temos Record of Ragnarok da Newpop passando as 267.000 cópias vendidas.
  Em oitavo lugar temos Spy x Family que é lançamento da Panini.
  Em nono lugar temos um shoujo chamado Akuyaku Reijou wa Ringoku, um isekai baseado em uma novel. Estou mencionando porque faz muito tempo que eu não vejo a presença de shoujos entre os mais vendidos da Oricon (tirando séries como Natsume Yuujinchou).
  Em décimo temos One Piece #99 passando a marca de 1.600.000 cópias vendidas em um mês (e pensar que ele vendia mais do que isso em uma semana). Ainda é um fenômeno de vendas.


  Dos volumes entre a posição 11-20 acho interessante comentar sobre essa edição de Dragon Quest - Dai no Daibouken. Não entendi muito bem do que se trata, se é apenas um relançamento colorido da série original, se a série foi redesenhada também e/ou se mudaram alguma coisa do roteiro original. Temos também The Elusive Samurai, novo mangá do autor de Assassination Classroom que em apenas 3 dias de vendas conseguiu vender mais de 32.000 cópias do seu primeiro volume (pessoalmente achei a série MUITO CHATA - ela está disponível legalmente no app Manga+). É uma façanha vender tanto assim no primeiro volume.

  Literalmente da posição 21 até a 30 temos apenas volumes de Tokyo Revengers. Acho a série muito boa e acho que ela pode ser lançada no Brasil, mas se ela for lançada as suásticas na capa vão precisar ser censuradas porque usar suásticas é crime no Brasil (a não ser em um contexto histórico, o que não é o caso da série, a suástica está lá porque o artista achou legal usar a suástica como símbolo da gangue de deliquentes da história). 


  Da posição 31 até a 50 ainda temos um moooooooonte de Tokyo Revengers, Kaijuu#8, Golden Kamui, um spin-off de Dragon Quest: Dai no Daibouken, o josei Ryukishi no Okiniri (A Amada do Cavaleiro Dragão - também baseada numa novel), o volume final de Shingeki no Kyojin que está a menos de 3.000 cópias de vender um milhão e o volume 29 de Fire Force na posição 50 fechando a lista.

  É triste ver o declínio dos shoujos no mercado editorial do Japão. 10 anos atrás nós teríamos pelo menos 7 shoujos (ou joseis) dentro do top30. A ascensão dos isekais é outro fenômeno interessante de observar. Virou um novo gênero.

  A presença de Tokyo Revengers é um fenômeno natural, quando uma série lança um animê de sucesso isso acontece mesmo, imagino que ele ainda vai passar mais algumas semanas dominando a Oricon e mesmo depois que a moda passar, quando novos volumes forem lançados vão acabar puxando os outros volumes da série, mesmo que com menos força.
 


Fonte: Oricon

Arte: http://twitter.com/josu_ke

[Resenha] Chi's Sweet Home

  Chi's Sweet Home é um lançamento da JBC. É a história da gatinha Chi que se perde da mãe e acaba sendo encontrada por uma família bondosa que a acolhe e começa a procurar por um lar definitivo para a Chi já que a família Yamada mora um condomínio em que cães e gatos são proibidos.

  É uma história muito fofa, eu recomendaria para crianças que estão aprendendo a ler. A única coisa que não condiz com a realidade de ser uma série para crianças em alfabetização é o preço: R$52,90!
  O acabamento é excelente, parece ser papel pólen de muita qualidade, o tamanho é bem maior do que o dos mangás comuns, todas as páginas do mangá são coloridas, a capa tem orelhas, mas não tem sobrecapa.

  Como consumidor de quadrinhos de todas as partes do mundo eu não acho justo R$52,90, mas eu não paguei preço cheio, eu comprei em promoção na Amazon. No momento o mangá custa R$37 na Amazon, o que eu diria que é um preço cheio justo pelo que recebemos. No site da Comix o mangá está saindo por R$42,32, o que eu chamaria de limite do aceitável.

  Como é um título infantil (apesar de ter sido publicado originalmente em uma revista seinen), talvez tivesse sido interessante adicionar um "Lar Doce, Lar". Se eu trabalhasse em uma livraria, eu colocaria junto aos livros infantis ao invés dos mangás.

  Não há informação quanto à periodicidade da série no site da JBC.


Comparando com um mangá de tamanho normal.

Parece um livro infantil.




quarta-feira, 7 de julho de 2021

Ranking da Oricon 21-27 de Junho de 2021




1 - Record of Ragnarok #11 (Shuumatsu no Walkyrie)
Vendeu 125.417 exemplares essa semana totalizando 221.385 exemplares.
Esse está prestes a ser lançado no Brasil pela Newpop.

2 - Golden Kamui #26
Vendeu 90.364 exemplares essa semana totalizando 181.898 exemplares.

3 - Jujutsu Kaisen #16
Vendeu 74.758 exemplares essa semana totalizando 1.723.538 exemplares.

5 - One Piece #99
Vendeu 53.071 exemplares essa semana totalizando 1.575.479 exemplares.

6 - Spy x Family #07
Vendeu 50.593 exemplares essa semana totalizando 846.282 exemplares.

10 - Shingeki no Kyojin (Ataque dos Titãs) #34
Vendeu 42.621 exemplares essa semana totalizando 976.373 exemplares.

11 - Kaijuu8-Gou (Monster #8) #03
Vendeu 42.029 exemplares essa semana totalizando 635.850 exemplares.

13 - Fire Force #29
Vendeu 38.413 exemplares essa semana totalizando 111.833 exemplares.

26 - Shumatsu no Valkyrie: Ibun Ryofu Housen Hishou-Den #04
Vendeu 30.819 exemplares essa semana totalizando 54.970 exemplares.

27 - Namorada de Aluguel (Kanojo, Okarishimasu) #21
Vendeu 30.591 exemplares essa semana totalizando 96.910 exemplares.

32 - Mokushiroku no Yonkishi (Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse) #02
Vendeu 29.316 exemplares essa semana totalizando 80.458 exemplares.

34 - Vanitas no Carte #09
Vendeu 29.245 em sua semana de estreia.




TOP 10 - Séries

2 - Jujutsu Kaisen 273.460 exemplares essa semana (somando todos os volumes da série)
3 - Record of Ragnarok 210.852
4 - Shingeki no Kyojin 146.836
5 - Demon Slayer (Kimetsu no Yaiba) 117.005
6 - Golden Kamui 103.648
7 - Haikyuu 90.106
8 - Spy x Family 89.288
9 - My Hero Academia 79.319
10 One Piece 71.949

  Podemos ver com o ranking dessa semana que as séries da Jump ainda estão dominando em sua quarta semana de vendas. Além delas temos o ecchi "Namorada de Aluguel" lançado esse mês pela Panini. Pessoalmente eu acho essa série muito longa para um ecchi. Entretanto a série tem um anime de 12 episódio disponível na Crunchyroll e uma nova temporada prevista para estrear em 2022. Não espero que a série seja um fracasso, mas eu nunca havia escutado falar nela.
  Para facilitar a compreensão coloquei em vermelho as séries licenciadas pela Panini no Brasil, de roxo as séries da Newpop e de verde as séries da JBC.

  Podemos ver que Haikyuu mesmo depois de seu encerramento continua vendendo muito bem e My Hero Academia vai bem também mesmo sem nenhum volume novo lançado.

  Record of Ragnarok da Newpop mesmo com uma versão em anime que não faz justiça ao mangá produzida para a Netflix vai vendendo muito bem. Inclusive fiz questão de colocar o spin-off da série "Shumatsu no Valkyrie: Ibun Ryofu Housen Hishou-Den" no posto, visto que a Newpop costuma licenciar os spin-offs de seus lançamentos de sucesso. Esse spin-off é centrado na história de Lu Bu, um dos guerreiros que luta ao lado da humanidade em Record of Ragnarok.

  Outro mangá que eu acredito que será licenciado em um futuro próximo no Brasil é Mokushiroku no Yonkishi, continuação de The Seven Deadly Sins pelo mesmo autor. A JBC costuma lançar continuações dos seus grandes sucessos e eu não acredito que seja diferente com esse título. Provavelmente a JBC só deve esperar a série ganhar volumes o suficiente para manter uma serialização continua sem pausas e um anime. O que eu acho que é apenas uma questão de tempo.

 Outro mangá que eu acredito que também é apenas questão de tempo até ser lançado no Brasil é Kaijuu 8-Gou, ou Monster #8 (nome internacional do mangá). O mangá da Jump+ (versão digital da Shounen Jump) está apenas no seu terceiro volume e já está vendendo muitíssimo bem. Mais até do que muitos medalhões da Jump licenciados no Brasil. Imagina só se ganhar anime (ou filme).

  Mais um mangá que é possível que seja licenciado no Brasil é Vanitas no Carte que é da autora de Pandora Hearts que foi lançado no Brasil. A questão de Pandora Hearts é que não dá para saber se foi um sucesso ou um fracasso no Brasil.


segunda-feira, 5 de julho de 2021

Luca é gay?

 


  Luca é a nova animação da Disney, foi produzido pela Pixar e lançado direto na Disney+, sem lançamento nos cinemas.
  Luca vem causando polêmica nas redes sociais, as pessoas estão falando que Luca é uma animação gay, será que é verdade?

  Luca é um monstro marinho, ele é um pastor de peixes e vive no fundo do mar com a sua família, em uma pequena vila de monstros marinhos. Os monstros marinhos morrem de medo dos barcos e dos seres da superfície que caçam monstros marinhos. Um dia Luca conhece um outro menino monstro marinho, esse menino é um rebelde e eles desenvolvem uma bela amizade e têm um sonho: serem donos de uma VESPA e poder passear pela superfície e conhecer o mundo.

  Mas afinal de contas A polêmica procede? Luca é gay?



  NÃO! Luca não é gay!! Eu já vi mais de uma centena de filmes gays na minha vida. E não, Luca não é gay. Luca é um filme sobre uma bela amizade entre dois garotos. Uma amizade sem masculinidade tóxica. Uma amizade em que um menino expressa ao outro o quanto ele gosta do amigo, mas isso torna alguém gay? Não!
  Como homem gay, o que torna um filme gay na minha opinião é se um personagem tem sentimentos românticos por outro personagem  do mesmo sexo. Isso acontece em Luca? Não, não acontece! Não há amor romântico, há apenas amor de amigo.
  Eu me pergunto: quando foi que a nossa sociedade ficou tão doente que qualquer demonstração de afeto entre dois rapazes passou a ser chamada de romance? A ser visto como sinal de homossexualidade?
  Os conservadores passaram a enxergar pelo em ovo, veem coisas onde elas não existem. Existe uma paranoia de que tudo é gay, tudo é feito para "transformar as criancinhas em homossexuais". Mesmo se Luca fosse um filme gay, o que não é, isso não existe. A gente que é gay cresce assistindo romances héteros o tempo todo, a heterossexualidade é a normal, é o "normal", nós somos bombardeados por heterossexualidade por todos os lados, quando a gente liga a tv, quando a gente vai ao cinema ver um filme, quando pega um quadrinho. E isso não nos torna menos gays, nem causa tendências ao "heterossexualismo". Se você é gay, você vai se tornar gay sabendo que outros gays existem ou não, tem sido assim desde sempre, na Idade Antiga, na Idade Média... no mundo todo há gays, temos até o pouco conhecido índio Tibira no começo da história do Brasil. Então, mesmo que Luca fosse um filme gay e o Luca e o Alberto estivessem apaixonados um pelo outro e se beijassem no final do filme (o que não acontece) nada disso influenciaria nenhuma criança a se tornar homossexual. Um filme gay para crianças no máximo faria uma criança gay se sentir representada e encantada com o filme. E é só isso.

  Luca pode ser interpretado como um filme gay?


  Sim, Luca pode ser interpretado como um filme gay. Mas não apenas isso. Luca dá margem para diversos tipos de interpretação diferentes. Luca poderia muito bem ser interpretado sobre uma história de qualquer povo que precisa esconder a sua identidade, como por exemplo, os judeus. Judeus que precisam viver em uma vila afastada para viver a sua religiosidade e fingem ser outra coisa quando estão numa comunidade mista. Isso sim faria total sentido. Qualquer povo que sofre discriminação e precisa se esconder poderia ser uma analogia ao que se passa em Luca. Outro exemplo, os monstros marinhos também poderiam ser comunistas.

  No final das contas Luca é tão gay quanto os X-Men. Quando eu era adolescente e lia os quadrinhos dos X-Men eu me enxergava totalmente nos X-Men porque é a mesma coisa. Um grupo de pessoas diferentes do status quo, algumas passáveis (Jean, Charles Xavier, Wolverine) outras nem um pouco passáveis (Fera, Noturno, Místic) que vivem em uma comunidade preconceituosa onde são xingados de mutuna (viado), onde pessoas comuns desejam a sua morte, onde o governo quer te controlar e colocar em campos de concentração (isso aconteceu durante e após o nazismo e o fascismo).

  Luca e Alberto não são um casal, são apenas amigos. Luca não é uma fábula sobre a homossexualidade, mas uma fábula sobre viver sob a influência de qualquer tipo de preconceito, como por exemplo ter uma religião diferente da maioria. Infelizmente falar contra qualquer tipo de preconceito nos torna alvos de conservadores que não gostam de ver NENHUM TIPO DE PRECONCEITO sendo contestado. Para os conservadores o importante é manter tudo do jeito que está, fingir que as diferenças não existem sem se importar se alguém sofre com isso. Para os preconceituosos digo apenas uma coisa: SILENZIO, BRUNO!!


Luca está disponível no serviço de streaming da Disney, o Disney+, vão lá assistir!


sábado, 3 de julho de 2021

Opinião sobre as mudanças da Panini no mercado brasileiro

   Eu escrevo aqui a minha opinião como consumidor dos mangás da Panini desde que ela começou no mercado brasileiro de mangás.


  "Começando pelo começo", desde que a Panini se instalou no Brasil ela nunca publicou seus próprios mangás. A Panini é uma empresa multinacional de origem italiana e desde que ela chegou no Brasil quem colaca mesmo a "mão na massa" é a editora nacional Mythos. Desde quando esse blog começou, 10 anos atrás, minha admiração sempre foi da equipe do Planet Mangá que trabalha na Mythos. O Planet Manga é o selo de mangás da editora Panini no Brasil.

  Então vamos entender direito: A Panini é uma empresa italiana multinacional que terceirizou a editora Mythos (nacional) para fazer todo o trabalho de editoração dos seus mangás no Brasil com o selo Planet Manga, além disso a Mythos também é responsável pelas equipes que trabalham nos títulos da Marvel e da DC no Brasil. Os funcionários reais da Panini no Brasil são apenas as pessoas que trabalham no escritório, conforme qualquer pode ver se olhar a ficha técnica  que fica nas últimas páginas dos mangás (geralmente a última página).

 A equipe da Mythos contrata tradutor, editor e assistentes que vão trabalhar na produção do mangá propriamente dito. Eles podem sugerir que títulos trazer para o Brasil, mas a decisão é dos funcionários da Panini. Muitas vezes a Panini internacional licencia um título para vários países do mundo de uma só vez, então algumas escolhas de lançamentos vêm direto da matriz.



  A Panini começou de forma pequena no Brasil, naquela época o mercado era dominado pela Conrad (que faliu e depois virou um selo para depois sumir de vez) e pela JBC. Naquela época os mangás eram lançados em formato "meio-tanko". O volume original era dividido em dois volume de mais ou menos 100-80 páginas e ganhava capas originais criadas com base em ilustrações coloridas licenciadas da obra. Já chegou até à situação de faltar imagens originais para ilustrar a capa de "meio-tanko". Se eu não me engano a situação aconteceu com Berserk.

  A Panini começou lançando Gundam Wing, depois lançou Peach Girl e Eden que foram cancelados. Posteriormente a JBC licenciou Eden e lançou a obra completa em um formato especial. O primeiro mangá a ser lançado em formato original pela Panini foi Lobo Solitário (Kozure Okami).

 Na época os consumidores reclamavam muito do preço dos mangás tankoubons, achavam muito caro pagar cerca de R$10 em um mangá. Até então os mangás eram lançados no formato "meio-tanko" em papel jornal de baixíssima qualidade. Muitos conhecidos meus relambram das memórias de comprar mangás com o "dinheiro da merenda". Era tudo muito barato e as pessoas costumavam comprar todos os títulos disponíveis nas bancas. Qualquer mangá lançado se tornava sucesso imediato, ou quase, os mangás que a Panini lançou foram cancelados. Mas nessa época as editoras achavam que qualquer mangá lançado venderia tanto quanto Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco, os carros-chefes da Conrad. Mas isso não aconteceu com esses primeiros títulos lançados pela Panini no Brasil, eram os primeiros mangás lançados no Brasil que não tinham tido desenho animado lançado na tv aberta.

 

  Mesmo assim a Panini continuou insistindo no Brasil e foi a primeira editora a apostar no formato tankoubon. Todos os títulos lançados pela Panini a partir de 2006 respeitavam o formato original de lançamento no Japão.

  Apesar de tudo a Panini ainda engatinhava no Brasil e raramente conseguia os títulos realmente grandes. Os maiores sucessos do mercado japonês ficavam na mão da Conrad (que à época já estava falindo por conta de escolhas editoriais duvidosas). Até que em 2007 tudo mudou, a Panini finalmente conseguiu licenciar dois dos seus maiores sucessos de todos os tempos: Naruto e Bleach! Naruto saiu em maio e Bleach em julho de 2007.

  Com o sucesso de suas novas licenças a Panini tinha dinheiro em caixa para realizar o plano de dominar o mercado editorial de mangás brasileiro. A Panini começou a lançar muitos títulos. TÍTULOS DEMAIS!! O otaku brasileiro que comprava todos os lançamentos de mangás já não conseguia comprar tudo e teve que passar a escolher quais títulos comprar, o que é lógico que acarretou em alguns "hiatus" e cancelamentos. Alguns títulos como Homunculus sumiram durante muito tempo, mas voltaram com periodicidade "estranha" e reajuste de preço em quase todas as edições, além disso eram difíceis de encontrar em bancas de cidades menores.


  O que me tornou fã dos mangás da Panini à época era a grande diversidade de títulos. Nós tínhamos shounen de batalha, comédia romântica, shoujos diversos, até mesmo um shounen ai (Princess Princess - 5 volumes). A Panini experimentava com o mercado para saber o que vendia, enquanto a concorrente da época, a JBC focava nos shounens de batalha com anime de sucesso, shoujos de imenso sucesso e Clamp.

  Se formos avaliar os lançamentos de mangás, em 2009 a Panini lançou 12 títulos, sendo 2 shounens (Claymore e D. Gray-Man), 2 seinens (Abara e Afro Samurai), 1 josei (Honey & Clover), 6 shoujos (Otomen, Eensy Weensy Monster, Ultramaniac, Marmalade Boy, Aishiteruze Baby, Blood + Adagio) e Blood + Yakou Joushi que apesar de não conter nenhum romance explícito entre dois homens foi publicado em uma revista que lança yaois, a Asuka Ciel. Aliás, preciso comentar que essa foi uma das melhores levas de mangás que a Panini já lançou em um ano. 

  Apesar dessa leva fazer parecer que a Panini estava lançando mais shoujos do que shounens, a maioria desses mangás eram títulos curtos, entre 5 e 7 volumes, um de 2 volumes e um volume único. Enquanto títulos como Naruto apareciam nas bancas com 10 ou 15 volumes, os shoujos apareciam com um ou dois volumes por banca.

  Em 2010 a Panini já sufocava as bancas, enquanto a JBC focava nos mangás famosos com animês populares no Brasil (a maioria através de fansubs), a Panini atirava por todos os lados e "inundava" as bancas, como a gente falava através do Orkut nessa época. Em 2010 foram 19 lançamentos novos (sem contar os mangás "eternos" que foram lançados anos antes e que continuavam indo para as bancas). Sendo 10 shoujos, sem um espaçamento entre os lançamentos, com inclusive 4 shoujos sendo lançados no mês de julho e mais três séries nos meses seguintes.

  É preciso notar que enquanto os colecionadores de shounen mangá variavam, escolhiam títulos diferentes, as pessoas que compravam shoujos colecionavam praticamente todos os títulos que eram lançados e comprar 6 séries de duração medianas ao mesmo tempo, além dos shoujos de 2 volumes acabava saindo pesado para o bolso e a editora percebeu isso, tanto que no ano de 2011 saíram apenas dois shoujos longos (Kimi n Todoke (30 volumes)e Kaichou wa Maid-sama!(18 volumes)) e um curto (Contos de Amor Para Você) além do josei de batalha 07-Ghost).


  A partir daí a Panini cortou os shoujos e joseis dos seus lançamentos. Em 2012 a Panini lançou apenas Mad Love Chase, que era um título "velho", ou melhor dizendo, "datado" que não interessou muita gente. Ao mesmo tempo a Panini parou de lançar títulos seinen diferentes e focou apenas em shounens de porradaria, ecchi e obras de autores renomados.

  Desde então a Panini lança cada vez menos shoujos e simplesmente parou totalmente com os shoujo e com títulos obscuros, mas com boas histórias que poderiam agradar a um público diferenciado.


  Com o relançamento de Paradise Kiss pela Panini (inclusive estou esperando o meu chegar) esse ano de 2021 temos o primeiro mangá direcionado ao público feminino (Parakiss é um josei) desde 2019 com Vampire Knight Memories e desde antes disso temos tido em média um shoujo a cada dois anos pela Panini. Se Paradise Kiss se sair bem nesse relançamento (eu já tenho a coleção da Conrad, mas o acabamento é péssimo e resolvi fazer a assinatura da coleção nova) espero que a Panini se interesse por diversificar mais o seu catálogo de mangás.

  Através dos anos a Panini se tornou a nova JBC focando o seu catálogo em mangás direcionados ao público masculino, em especial shounen de batalha e ecchi. Os mangás mais diferentes têm sido lançados pela Pipoca e Nanquim, já a Newpop tem lançado clássicos dos mangás e alguns romances interessantes e está finalmente crescendo e ocupando a espaço que era da JBC. Enquanto isso a JBC sumiu das bancas e tem lançado cada vez menos títulos sendo que os principais títulos do mercado têm sido lançados pela Panini.

  Minha opinião particular é que o mercado atual de mangás é triste. Existe infelizmente um monopólio nas mãos da Panini. Temos pouca diversidade de títulos. Praticamente não vemos mais mangás nas bancas. Por um lado é lindo vermos edições caprichadas, mas será que realmente é necessário lançar títulos da Jump por R$30? Por mais que existam adolescentes que gostem de animês, eles não conseguem comprar mangás porque o preço é absurdo para eles. É proibitivo comprar uma série da Jump com esse preço atual. Infelizmente mangá virou um produto para adultos com dinheiro de sobra para dar R$30 em um produto que é feito pensando em pré-adolescentes e adolescentes no Japão. E isso é graças ao monopólio da Panini e da Amazon.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Ranking da Shoseki [21-27/06 - 2021]


   

Olá, pessoal, vamos aqui comentar o ranking da Shoseki, principal rival da Oricon e comentar sobre os mangás lançados nacionalmente.


1 - Record of Ragnarok (Shuumatsu no Walkyrie) #11

2 - Golden Kamui #26

3 - Jujutsu Kaisen #16

4 - One Piece #99

6 - Spy Family #7

10 - Kaijuu 8-Gou #3

11 - Ataque dos Titãs (Shingeki no Kyojin) #34

12 - Fire Force #29



  Esse é um ranking composto basicamente pelos lançamentos da Panini, a única exceção é Record of Ragnarok que é um mangá anunciado pela Newpop que está prestes a ser lançado. Record of Ragnarok acabou de ter um anime lançado pela Netflix e aguardamos ansiosamente pelo lançamento da Newpop.



  Golden Kamui está sendo lançado pela Panini, atualmente há previsão de lançamento para julho do volume 17 da série pela Panini.

  Jujutsu Kaisen está atualmente no volume 6 pela Panini e há previsão de lançamento do volume 7 esse mês ainda.

  One Piece acabou de ter o volume 98 publicado e esbarrou no Japão, esperamos que em breve o volume 99 chegue logo.



  Spy x Family é outro lançamento da Panini, o volume 6 será lançado ainda esse mês de julho, o que significa que o ritmo de lançamento vai alcançar o Japão e ficar mais lento.

  Kaijuu 8-Gou, mais conhecido como Monster #8 acabou de ter o seu volume 3 lançado no Japão, ainda não foi anunciado por nenhuma editora brasileira, mas podemos chamá-lo de novo grande sucesso da Shueisha, é publicado na Jump+ e está chamando bastante atenção. Acredito que até o ano que vem teremos esse mangá lançado no país.

  Também temos "Ataque dos Titãs" na lista. É preciso abrir um parenteses aqui. O mangá está vendendo bem melhor do que o ranking mostra, isso é motivado pela edição especial, as vendas da edição final do mangá são divididas entre o mangá comum e a edição especial, mas somando as duas edições juntas o resultado acaba sendo bem melhor do que aparece no ranking, já que elas são contabilizadas separadamente. O volume 33 foi publicado em junho pela Panini, o que leva a crer que muito em breve teremos o volume final da série lançado aqui no Brasil.

  Para fechar a lista temos Fire Force #29. Esse é mais um título lançado pela Panini que vem se tornando dona de um monopólio no mercado nacional de mangás. O volume #19 da série será lançado esse mês de julho pela Panini aqui no Brasil. As outras editoras estão cada vez lançando títulos mais e mais nichados e sumiram das bancas.