sábado, 29 de outubro de 2011

[Resenha] Deadman Wonderland


Dados Técnicos

  Deadman Wonderland é a segunda série em mangá da dupla Jinsei Kataoka e Kazuma Kondou (uma curiosidade, Jinsei Kataoka é uma mulher), eles são responsáveis também por Eureka SeveN (em parceria com o Estúdio Bones) que foi lançado pela Panini em Março de 2010 e já está completo com 6 volumes. Deadman Wonderland no começo do ano ganhou uma (péssima) série animada em 12 episódios pelo estúdio Manglobe e  recentemente teve um OAD lançado pelo mesmo estúdio. A série em mangá é publicada mensalmente desde 2007 nas páginas da antologia Shounen Ace (casa de Blood +, Blood C, Eureka SeveN, Bem-vindo à N.H.K., Sora no Otoshimono, MPD - Psycho entre outras séries lançadas no Brasil) da Kadokawa Shoten. A série possui atualmente 11 volumes lançados no Japão e continua em atividade.

Resumo

  Deadman Wonderland se passa no ano de 2023 e gira em torno de um garoto de 14 anos chamado Ganta Igarashi que era um estudante comum até repentinamente aparecer um homem de roupa vermelha no meio da aula e começar a matar todos os colegas na sua frente e implantar uma espécie de cristal vermelho dentro do seu peito (ramo do pecado), a próxima coisa que ele vai saber ao acordar dentro de um hospital é que ele é acusado pela chacina na escola.
  Ganta é condenado à morte com provas forjadas (inclusive um vídeo) e vai parar na Deadman Wonderland (com liberdade poética poderia ser traduzido como "País das Maravilhas do Defunto"), a primeira cadeia privatizada do Japão que também funciona como um Parque de Diversões macabro. Para sobreviver na Deadman Wonderland os condenados precisam trabalhar nas atrações do parque de diversões para ganhar Cast Points, a moeda local que eles trocam por comida, roupas, mobília, privilégios, redução na pena e principalmente o Candy, que na verdade é um antídoto para os condenados à pena de morte.
  Na Deadman Wonderland a pena de morte funciona de forma diferente das outras instituições penais, ao invés dos métodos comuns (forca, tiro, injeção letal etc.) os presos usam uma coleira eletrônica que injeta periodicamente doses de veneno na corrente sanguínea, se o detento passar 3 dias sem comer o Candy (antídoto) ele é morto pelo veneno.
  Ganta se vê sozinho nesse cenário macabro tendo que participar das atrações mortais do Parque depois de um julgamento totalmente injusto, mas seus problemas são ainda piores, pois o diretor da prisão quer forjar um acidente para matá-lo, entretanto o ramo do pecado desperta seus poderes e ele consegue escapar dessa situação de vida e morte. Com a descoberta das habilidades do ramo do pecado Ganta vai conhecer a verdadeira Deadman Wonderland que se esconde debaixo da fachada de Parque de Diversões para sádicos.


Impressões

  Já começo dizendo que Deadman Wonderland é um dos meus mangás favoritos e estava torcendo há muito tempo para ele vir pro Brasil (bem antes do anúncio de Eureka SeveN), se você assistiu aquela droga de anime peço para esquecer tudo que viu daquela porcaria, a arte do mangá é infinitamente superior, as cenas do mangá são trabalhadas de forma muito melhor, não há as censuras ridículas do anime, são obras bem diferentes apesar do anime acompanhar o mangá até o volume 5.
  É um mangá sobre um garoto que é preso por ser diferente (no caso possuir o ramo do pecado implantado) e é usado para pesquisas médicas e diversão de sádicos ricos que começa covarde, mas vai reunindo coragem para tentar fugir e mudar aquela situação com os amigos que consegue fazer naquele inferno.
  Não é um mangá pretensioso sobre psicologia, não é um mangá para se gabar na sua rodinha de amigos, é um thriller de cadeia com poderes especiais e muitas cenas de ação, um ótimo shounen honesto que não tenta ser mais do que realmente é e consegue divertir o leitor naquilo a que se propõe.

Acabamento (edição e adaptação)

  O acabamento da Panini ficou bom, o formato adotado (13 x 18) é o meu favorito, a arte do mangá é ótima e está muito bem editado, as onomatopeias originais foram mantidas e a adaptação está bacana, o que estava em inglês no original foi mantido em inglês, há um glossário no final explicando. Não há páginas coloridas e o papel é o pisabritte de sempre, também tem um leve efeito moiré em algumas páginas. Infelizmente as páginas coloridas do mangá original não foram mantidas, mas a ilustração colorida da segunda capa foi colocada na parte de dentro da capa do mangá e uma das páginas coloridas (uma dupla) do mangá também está impressa na parte de dentro da segunda capa.

Considerações finais

  Fico feliz pela Panini colocar sempre o resumo da história nas segundas capas de todos os mangás, é sempre bom saber o que se está levando pra casa caso não se conheça a obra, como o mangá vem lacrado (para alívio dos consumidores da Fase2) não tem como folhear o mangá na própria banca para saber o que se está levando, mas é bom porque protege daquelas pessoas que leem o seu mangá na banca e deixam o mangá todo arregaçado, também protege da falta de cuidado dos jornaleiros (eu quase morro do coração vendo os jornaleiros e o "carinho" com que eles tratam os mangás) e da viagem da distribuidora. Não tenho nenhum motivo para reclamar de Deadman Wonderland (além da falta das páginas coloridas originais), e olha que eu sou fã xiita da obra.

Ficha Técnica do Mangá:

Título: Deadman Wonderland
Autora: Jinsei Kataoka e Kazuma Kondou
Formato: 13 x 18, 220 páginas
Duração:  11 volumes, continua
Periodicidade: Bimestral
Preço: R$9,90
Demográfico: Shounen
Gênero: Ação, Luta, Comédia, Drama

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

[Nas Bancas] Lançamentos 28/10/2011



  Nessa sexta-feira saiu Naruto #51, Kimi ni Todoke #04, Berserk #70 e Turma da Mônica Jovem #39 na Liga HQ. Ainda não chegaram na Comix, mas imagino que os mangás já estejam disponíveis nas lojas especializadas da Liberdade. Provavelmente até quarta ou quinta-feira que vem esses lançamentos já deverão ter chegado à maioria das bancas da Fase 1.

[Boletim] Direto da Redação #18


  Pois é, pessoal, os mangás anunciados no Boletim da semana passada saíram hoje e já temos um novo Boletim com mais anúncios para a semana que vem. No Boletim #18 que pode ser visto aqui temos muitas novidades que provavelmente devem sair durante a próxima semana.


  No Boletim #18 temos o anúncio de que em breve serão lançados: Basilisk #03, Bem-vindo à N.H.K. Claymore #16, Deadman Wonderland #02 e Naruto #51 (que saiu hoje), inclusive muitos destes estão entre os meus mangás favoritos. Fora dos mangás temos Hellblazer Passagens sombrias, Jonah Hex #05 e 100 Balas #07 que também são muito interessantes.
 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

[Boletim] Direto da Redação #17

 

  O boletim pode ser conferido aqui: http://web.hotsitepanini.com.br/boletim/?edicao=17 temos o anúncio de Kimi ni Todoke #04, Brave 10 #07 e Berserk #70 entre os mangás. Entre outros títulos interessantes temos Hellblazer Origens #02 e a Vertigo #23.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

[Checklist] Outubro de 2011

  Segue abaixo a lista com o checklist do mês de outubro, na lista temos dois mangás que já saíram e constam como setembro no checklist dos mangás, Zone-00 #02 e 100% Morango #14. Dessa vez a lista veio pronta da própria Panini com os resumos dos mangás. De novidades temos em primeira mão a confirmação e capa de Sora no Otoshimono e o anúncio de Karin (Chibi Vampire) que será lançado no formato quadrado. E 100% Morango realmente se tornou trimestral.



1.      100% Morango #14, de Mizuki Kawashita (Série trimestral completa em 19 volumes, Formato 13,7 x 20 cm, 192 páginas, R$ 10,90).
Conforme Mukai e Manaka se aproximam, Toujou fica confusa com os conselhos de Amachi e passa a questionar novamente suas chances com o colega de quem tanto gosta. Manaka fará uma nova viagem de férias, mas, desta vez, a sós com uma de suas musas! Será que desta vez vai rolar algo mais?

2.      Air Gear #4, de Oh!great (Revista mensal ainda em andamento. Última edição no Japão é a #32. Formato 13,7 x 20 cm, 208 páginas, R$ 10,90).
Depois do último desafio, Ikki continua com problemas para consertar seus patins! Além disso, após Simca revelar parte de suas intenções, Ringo passa a temer pela decisão de Ikki quanto ao time que ele escolherá para fazer parte!

3.      Basilisk #3, de Futaro Yamada e Masaki Segawa (Série bimestral completa em 5 volumes, Formato 13,7 X 20 cm, 232 páginas, R$ 9,90).
Envolvidos no impasse sobre a sucessão do xogunato Tokugawa, os clãs Kouga e Iga se veem obrigados a lutar até a morte em uma batalha de dez contra dez, usando todas as suas técnicas ninjas. Os enamorados Gennosuke Kouga e Oboro de Iga enfim descobriram que devem matar um ao outro! Cada um reage a esta revelação de maneira distinta e a vantagem dos Iga é enfim ameaçada pelo contra-ataque dos Kouga.

4.                  Bem-vindo à N.H.K.! #6 de Tatsuhiko Takimoto e Keji Oiwa (Série bimestral completa em 8 volumes, Formato 13 x 18 Cm, 200 Páginas, R$ 9,90).
Misaki tenta levar uma vida normal como estudante colegial, mas ela não esperava descobrir que é mais normal do que imaginava, e isso a coloca em uma encruzilhada! Sato, depois de surtar totalmente e ter que voltar a morar com os pais, novamente tem sua epifania e estabelece uma nova meta! Yamazaki, por sua vez, terá que tomar uma difícil decisão e dizer adeus a seus amigos se torna um grande obstáculo. O que será desses três desajustados em seus caminhos para a adaptação social?
5.      Bleach #43, de Tite Kubo (Revista bimestral ainda em andamento. Última edição no Japão é a #51. Formato 13,7 x 20 cm, 208 páginas, R$ 9,90).
E os vizards finalmente saem de seus esconderijos e interferem na luta! É contada a história da aliança entre Aizen e os espadas, e ocorrem mais baixas nesta batalha! Dará tempo de Ichigo chegar ao mundo real e ajudar seus amigos?
6.      Brave Ten #7, de Kairi Shimotsuki (Série bimestral completa em 8 volumes. Formato 13 x 18 cm, 200 Páginas, R$ 9,90).
Quando Yukimura Sanada conseguiu reunir os dez guerreiros que procurava, sofreu uma terrível traição e descobriu que há inimigos mais perigosos do que Tokugawa ou Date!

7.      Claymore #16, de Norihiro Yagi (Revista bimestral ainda em andamento. Última edição no Japão é a #20. Formato 13,7 x 20 Cm, 192 páginas, R$ 9,90).
Clare e suas companheiras se deparam com um antigo conhecido e são colocadas a par de mais detalhes sobre a organização e interesses alheios, agora que foram ampliados seus horizontes sobre o mundo. Enquanto isso, Deneuve e Helen buscam mais informações, e descobrem que a situação dos arredores de onde se encontram não está nada boa...

8.      Deadman Wonderland #2, de Jinsei Kataoka e Kazuma Kondou (Revista bimestral ainda em andamento. Última edição no Japão é a #10. Formato 13 x 18 Cm, 208 Páginas, R$ 9,90).
Ganta se recupera após ter atacado com um poder misterioso o Homem de Vermelho, e desperta ainda mais o interesse do promotor Tamaki. Em busca de informações para efetuar sua vingança, o garoto descobre uma área secreta dentro da Deadman Wonderland e será obrigado a participar de duelos mortais, enquanto Shiro luta para resgatar seu amigo.

9.      Karin #1, de Yuna Kagesaki (Série bimestral completa em 14 volumes. Formato 13 x 18 cm, 168 Páginas, R$ 10,90).
Karin é uma colegial que tenta levar uma vida comum, mas o fato de ser uma vampira não facilita as coisas para ela! Além disso, é uma vampira um pouco diferente, o que a faz ser olhada com estranhamento pela sua própria família... Para tornar tudo mais complicado, chega à sua escola um novo colega que balança seu coração, e ela passará pelas situações mais vergonhosas e engraçadas para esconder dele a sua verdadeira natureza!

10.  Kimi ni Todoke #4, de Karuho Shiina (Revista bimestral ainda em andamento. Última edição no Japão é a #13. Formato 13,7 x 20 cm, 208 Páginas, R$ 9,90).
Kurumi pediu a ajuda da Sawako para conquistar o Kazehaya, mas ela se deu conta de que não ia conseguir! Mas... por quê? Sawako vai passar o Festival Esportivo tentando descobrir o motivo para ele ser “especial”.
11.  Naruto #51, de Masashi Kishimoto (Revista mensal ainda em andamento. Última edição no Japão é a #57. Formato 13,7 x 20 cm, 192 Páginas, R$ 9,90). ATENÇÃO: Naruto passou a ser bimestral, devido a proximidade com os lançamentos no Japão. Portanto, o volume #52 será lançado somente em dezembro.
Antes mesmo do ataque à reunião dos cinco kages, Sasuke já tinha sido considerado um pária traidor da Vila da Folha. Agora, Naruto terá que fazer uma escolha muito difícil quanto à sua determinação em trazer seu amigo de volta! Danzou abandonou a reunião dos cinco kages e parte em uma fuga com contratempos mortais!

12.  Naruto edição Pocket #17, de Masashi Kishimoto (Revista mensal ainda em andamento. Última edição no Japão é a #57, Formato 11,4 x 17,7 cm, 192 páginas, R$ 8,50).
A Akatsuki está colocando em prática seus planos, e seus integrantes fazem jus ao nome da poderosa organização, dando muito trabalho aos ninjas da Folha! Jiraiya recebe a missão de encontrar uma pessoa chave para a vila da folha e leva Naruto para continuar seu treinamento!

13.  Sora no Otoshimono#1, de Suu Minazuki (Revista bimestral ainda em andamento. Última edição no Japão é a #12. Formato 13 x 18 cm, 200 Páginas, R$ 10,90).
O lema do estudante Tomoki Sakurai é “paz acima de tudo”. De vez em quando, ele sonhava com uma garota desconhecida e acorda chorando. Apesar disso, levava  uma vida tranquila, até que uma criatura humanoide, parecida com um anjo, caiu do céu e tirou de vez o sossego do rapaz!


14.  Zone 00 #2, de Kiyo QJO (Revista bimestral ainda em andamento. Última edição no Japão é a #8. Formato 13 x 18 cm, 184 páginas, R$ 9,90).
Saburou e Kujo levam a pior durante o ataque de Tsukihiko e de Rouji, duas poderosas entidades que compartilham o passado com Senryou e Kurobara, a dupla de "animais de estimação". Ainda com assuntos não resolvidos, terão enfrentar a mágoa e o ressentimento plantados e quase esquecidos. Mas, depois de tanto tempo, qual o verdadeiro motivo da visita dessas figuras tão cheias de ódio?

[Novidade] Karin (Chibi Vampire)


  Karin, também conhecido no ocidente como Chibi Vampire é uma comédia romântica sobre uma jovem vampira chamada Karin, ela é uma integrante de uma família de vampiros e possui uma rara doença que faz com que ao invés dela precisar sugar sangue acaba produzindo sangue em excesso, sangue esse que precisa ser doado para alguém, esse sangue doado dá extrema energia à pessoa que o recebe. Karin é uma série da Dragon Age (Chrno Crusade, Dorothea, Full Metal Panic, Highschool of the Dead entre outras) da Kadokawa Shoten e foi adaptada em uma série animada em 24 episódios.

  A informação ainda não foi confirmada e vazou através de um comentário no Twitter do @Planet_ Manga.

[Confirmado] Ainda não há capa disponível, mas é verdade mesmo, o mangá está na lista recebida hoje com os mangás para o Checklist de Outubro, segue a descrição:
  •       Karin #1, de Yuna Kagesaki (Série bimestral completa em 14 volumes. Formato 13 x 18 cm, 168 Páginas, R$ 10,90).
    Karin é uma colegial que tenta levar uma vida comum, mas o fato de ser uma vampira não facilita as coisas para ela! Além disso, é uma vampira um pouco diferente, o que a faz ser olhada com estranhamento pela sua própria família... Para tornar tudo mais complicado, chega à sua escola um novo colega que balança seu coração, e ela passará pelas situações mais vergonhosas e engraçadas para esconder dele a sua verdadeira natureza!


sábado, 8 de outubro de 2011

[RESENHA] O Mito de Arata

Histórico  

  O Mito de Arata, ou Arata Kangatari é a primeira série shounen da famosa autora de mangás shoujo, Yuu Watase, o mangá foi lançado nas páginas da Weekly Shounen Sunday (lar de Kekkaishi, Zatch Bell, MÄR, Ranma 1/2, Inuyasha e várias outras obras conhecidas no Brasil) em outubro de 2008 e atualmente conta com 12 volumes e ainda está em andamento. O mangá é lançado nos EUA pela VIZ (e sempre aparece nos rankings de mangás mais vendidos), na França pela Kurokawa, na Alemanha pela Egmont e na Itália pela Panini.

Resumo

  Em um fantástico mundo alternativo chamado Amawakuni (País da Paz Celestial) vive um garoto chamado Arata, ele e sua avó Makari são uns dos poucos descendentes do clã Hime, as mulheres da família Hime são portadoras de um poder chamado Amatsuriki (poder que flui do paraíso) e por isso a cada 30 anos uma garota do clã Hime é escolhida para se tornar a Hime-ou, a governante de Amawakuni. A Hime-Ou é a única que consegue controlar os 12 Shinshous (bainhas de deus), que são os mais poderosos Shous (bainha). Um shou é uma pessoa que consegue controlar um Hayagami (deus-espada). Em Amawakuni os deuses têm forma de espadas com poderes místicos que escolhem aqueles vão controla-los e por sua vez são controlados pela governante, a Hime-Ou.
  Tudo estava correndo normalmente na vida de Arata (15 anos) até o dia em que a sucessão da Hime-Ou chegou, para sua infelicidade sua avó o registrou como mulher, pois fazia muitos anos que não nascia nenhuma mulher no clã Hime e os governantes ameaçaram matar qualquer menino que nascesse, para salvar a vida do neto Makari o registrou como uma menina e agora que chegou a época da sucessão da Hime-Ou ele deveria assumir o posto como sucessor da princesa, mas ele não pode assumir o cargo já que só as mulheres possuem o Amatsuriki, então para ganhar tempo enquanto procura em ramos mais distantes da família por alguma garota que possa assumir o cargo de Hime-Ou a avó o manda vestido de mulher para a capital com sua amiga-serva Kotoha. Quando chega ao palácio Arata é levado diretamente para a cerimônia de sucessão, mas a cerimônia é interrompida por Kannagi que fere mortalmente a Hime-Ou. Kannagi é um dos doze shinshous que deveriam proteger a Hime-Ou, entretanto os shinshous se rebelam contra o controle da Hime-Ou e aproveitam que ela estava distraída durante a cerimônia de sucessão para atacá-la, obviamente a culpa cai em cima do Arata que se torna um fugitivo procurado, ele foge para a floresta de Kando sem saber que as pessoas que entram nessa floresta são "devoradas" e transformadas em pessoas diferentes.

  Ao mesmo tempo em que a ação se passa em  Amawakuni, no nosso mundo um rapaz chamado Arata Hinohara (daqui pra frente ele será conhecido como Hinohara) está prestes a começar sua vida no colegial. Nova escola vida nova, ele quer esquecer de todo o bullying que sofreu e começar do zero. No metrô a caminho da nova escola ele desmascara e captura um tarado que bolinou uma mulher, com isso ele salvou também um colega da futura turma, Suguru, eles se tornam amigos, o primeiro amigo que Hinohara faz na escola. Por causa da captura do tarado, Hinohara se torna popular na escola e todos os clubes o querem e pela primeira vez ele tem amigos. Só que tudo muda com a chegada de Kadowaki, que foi um antigo colega de escola e principal responsável pelo bullying que Hinohara sofreu até então. Bullying pode acontecer por qualquer motivo, no caso de Hinohara o bullying aconteceu por ele ser atlético e modesto, para Kadowaki ele se achava "O Bom". E Kadowaki faz a vida escolar de Hinohara virar um inferno, novamente.
  
  Depois de penar um bocado na mão de Kadowaki, Hinohara foge e escuta alguém o chamando, ele é literalmente engolido pelos prédios e se vê em um outro mundo. Enquanto isso o Arata da família Hime depois de ser "devorado" pela floresta Kando se vê no nosso mundo. A partir daí o Arata vai ter que lidar com os problemas de bullying do Hinohara e o Hinohara vai ter que provar a inocência do Arata e derrotar os doze Shinshous.

Impressões

  O Mito de Arata é um mangá bem comum e clichê, garoto da Terra troca de lugar com garoto de mundo encantado aonde tem que salvar uma princesa ferida mortalmente, blablablá... E ainda assim consegue ser um ótimo mangá. É como eu costumo dizer, a diferença entre um bom mangaká e um mangaká mediano é que o bom mangaká sabe usar o clichê a seu favor. Yuu Watase começou sua carreira em 1989, são mais de vinte anos de uma carreira consolidada com vários mangás famosos em seu curriculum, inclusive dois deles foram lançados no Brasil pela Conrad (Fushigi Yugi e Zettai Kareshi).
  O Mito de Arata tem um traço lindo, é divertido e apesar de ter muito texto não fica cansativo, mal dá pra perceber o tempo passar, pois é muito divertido de se ler. Até o momento não é nenhuma obra prima, mas dá pra sentir empatia pelos personagens (principalmente com o Arata Hinohara, ele sofre muito) que são todos muito carismáticos, tanto os mocinhos quanto os vilões; os poderes místicos são bacanas; as situações (uma perguntinha: Por qual razão 90% dos protagonistas de shounen têm que dar um jeito de aparecer em um banho feminino e apanhar das garotas? Afinal, a tara é espiar as garotas no banho ou apanhar delas?) apesar de clichê ao extremo ainda assim funcionam muito bem.

Edição e Adaptação

  A edição está ótima, não dá pra perceber erros de edição (eu não notei nenhum), o acabamento gráfico está no padrão de sempre da Panini, papel offset, no mesmo formato que Naruto e Bleach, a impressão estava boa e no meu mangá não havia nenhum borrão nem efeito moiré (quando dá pra ver na página marcas da impressão do outro lado, também é chamado de efeito sombra), no verso das páginas foram colocadas as imagens que estavam no verso da capa original e dos comentários da orelha, mas vale ressaltar que não mantiveram uma das ilustrações que vinha na capa original.
  A adaptação está bacana, os sufixos honoríficos foram mantidos, os termos japoneses criados pela autora (Hayagami, Shou, Shinshou, Kamui, Hime-Ou etc.) continuaram em japonês e são explicados no glossário. Como se trata de uma história que se passa em um mundo fantástico japonês não vejo problemas em manter os honoríficos e termos japoneses. O glossário apesar de útil estava bem grandinho, foram três páginas de glossário. Daí eu me pergunto se realmente há a necessidade de tudo isso, se não poderiam usar apenas uma página e colocar as outras para fazer propaganda de novos títulos da editora? Não é implicância com o glossário, eu os acho muito úteis, mas algumas pessoas têm preguiça de ler páginas sem figuras e ficam de "mimimi" com o glossário, então eu acredito que deveria haver apenas o extremamente necessário.

Interessante notar que todas as capas de Arata formam uma única figura

Considerações Finais

  Eu gostei muito de O Mito Arata, daria uma nota entre 7.5~8 para esse primeiro volume, e recomendo a todo mundo que gosta de histórias de fantasia a comprar. A Yuu Watase se adaptou muito bem ao demográfico shounen e não dá nem pra notar que ela é uma experiente autora de shoujo, se você não souber que ela é uma autora de shoujo não vai perceber isso lendo Arata, O Mito de Arata é shounen até a medula.

  Infelizmente eu acho que esse título não vai ser muito bem recebido no Brasil, em primeiro lugar porque a Yuu Watase é autora de shoujo e os shounen-boys da vida (que infelizmente são a maioria dos consumidores de mangá) odeiam shoujo e costumam ter preconceito com os mangás shounen vindo de autoras de shoujo (já li alguns comentários infelizes por aí), por outro lado o público-alvo da Yuu Watase é o de consumidores de shoujo, consumidores de shoujo são mais flexíveis, mas acredito que entre um shounen e um shoujo eles vão optar por um shoujo e deixar o mangá da Yuu Watase de lado. Acho que foi uma escolha ruim da Panini lançar O Mito de Arata agora, por enquanto o mangá ainda tem 12 volumes, mas como é um shounen da Weekly Shounen Sunday a gente não sabe a quantos volumes pode chegar (pode acabar em 15 ou pode acabar em 60, não se sabe). Além disso a Yuu Watase tem muitas obras mais curtas e que são shoujo de fato, exemplos: Alice 19th (7 volumes), Imadoki (5 volumes), Ayashi no Ceres (14 volumes), antes de se arriscar com um shounen de uma autora shoujo deveriam criar um vínculo do público com ela (Yuu Watase não é Clamp, Tezuka ou Akira Toriyama para ter público cativo). Nos outros países em que Arata vem fazendo sucesso todas essas obras foram lançadas antes dele.

  É lógico que há a possibilidade de eu estar falando bobagem (espero que sim, eu amei o mangá) e das pessoas irem com a cara do título nas bancas e o levarem para casa, mas esse ano eu achei a maioria das escolhas de títulos da Panini muito infelizes. Se eu fosse a Panini e tivesse que lançar um mangá da Shounen Sunday eu lançaria Kami nomi zo Shiru Sekai (The World God Only Knows), Hayate no Gotoku (Hayate the Combat Butler), Zettai Karen Children ou até mesmo Ken'Ichi antes de pensar em O Mito de Arata que é um mangá praticamente desconhecido aqui no Brasil. Sejamos sinceros, ninguém falava nele antes de aparecer o anúncio do mangá pela Panini, até mesmo os fãs da Yuu Watase pediam outros títulos dela.
  Há um boato de que a série vai ganhar animê, eu vi isso no Shoujo Café e no Mision Tokyo. Espero que realmente aconteça, isso deve alavancar as vendas do mangá, mas se o animê estava programado para 2011 e nós estamos quase no fim do ano e não apareceu mais nenhuma notícia a respeito é bem provável que tenham cancelado o projeto ou não tenha passado de boato mesmo. Se aparecer uma animação no fim do ano muita gente pode correr atrás do mangá, mas ainda acho um mau momento para lançarem o mangá, deveriam esperar a animação sair e aumentar a popularidade da história antes de lançarem por aqui. O preço reajustado (R$10,90) também não parece muito convidativo pra quem quer tentar algo novo, pode não parecer muita coisa, mas para quem compra muitos mangás como eu, um real em um título pode fazer uma bela diferença e eu acho difícil alguém que não conhece nada sobre mangás optar por ele do nada. Espero que a capa que é muito bonita atraia compradores.


  Em suma, estou torcendo pelo mangá, é uma ótima história que merece ser lida, mas a Yuu Watase tinha muita coisa pra ser lançada no Brasil antes dele.

Título: O Mito de Arata (Arata Kangatari)
Autora: Yuu Watase
Formato: 13,7 x 20, 208 páginas
Duração:  12 volumes, continua
Periodicidade: Bimestral
Preço: R$10,90
Demográfico: Shounen
Gênero: Aventura, Fantasia.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

[Nas Bancas] Lançamentos 03/10/11

  Como eu estava falando, eis a avalanche de começo de mês. Hoje tivemos o lançamento de mais 10 volumes de mangá: 100% Morango #14, Air Gear #03, Berserk #69, Dorothea #04, As Estrelas Cantam #05, Kekkaishi #13, Maid-sama #03, O Mito de Arata #01, Sugar Sugar Rune #07 e Zone-00 #02. Além dos mangás tivemos o lançamento da Revista Vertigo #22 e Fábulas #09 da linha Vertigo.

  Vale lembrar que O Mito de Arata é o mais novo lançamento da Panini.